domingo, 1 de agosto de 2010

CARTA ÀS SENHORAS E AOS SENHORES

Soltando os laços eu me regenero. Não sou o que o mundo molda, minha vida não tem roteiro. Eu vivo porque a vida é aquele micro-infinito que usamos pra calcular nossa própria miséria. Não consigo me adequar a exatidão da vida, pra mim é muito mais do que peças que se encaixam. Eu gosto é de bagunça, o inexato me atrai. Gosto de gente de meu lado, sozinho eu não dou conta. A crítica é natural pra quem vive assim, nunca fui e nunca quis ser unanimidade. Aqueles que se cansam da mesmice das coisas, da preocupação com um futuro até mesmo incerto o qual todos eles defendem como o “ciclo natural do homem na terra”, não são felizes. Definitivamente, essa gente não é feliz. São hipócritas que enchem a boca de demagogia e chegam quase a incitar uma masturbação humanística e sociológica. Em que pedra foi escrita que o homem nasce com o propósito de se ver no futuro um ser imóvel e supostamente “saciado” de tudo que já viveu? Esses são os filósofos da famosa frase “não tenho mais idade pra isso”. O tempo da alma não acompanha a cronologia. A vida é mais que viver de recordações e nos satisfazermos com aventuras angustiantes como o aluguel, a escola das crianças e o plano de saúde. E por isso nunca serei aceito, nunca me chamarão para essas caretices como chá-de-bebê e encontro de casais em pleno sábado a noite. Porque meu grito não é pros tímpanos dessa gente careta e falso-moralista. Meu grito é pra lua, meu uivo é pro vento. O futuro é o espelho do que eu sou agora. E se eu tenho sangue nas veias e vivo a derramar meu prazer por aí é porque tou vivo... vivo... vivo!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Porra cara, eu sou isso aí. Igualzinho sem tirar nem por!! caralho, perfeito!! Parabéns

Juca

PERDIDO EM MEU MUNDO

Aqui, eu e meu mundo. Perdido e procurando respostas pras coisas que por muitas vezes não se questionam. Sou um simples jovem, metido a fazer versos do Recife. Cidade que traz a beleza das obras e virtudes de outrora e escancara a miséria e desumanidade. O que eu busco é encontrar a beleza em tudo que se faz presente no universo, nada para mim é completamente sujo que não se possa ver o seu núcleo, a sua essência. O ser humano é belo... é ímpar, tanto na capacidade de amar quanto na qualidade destrutiva. Mas é a beleza do ser que eu procuro, e é por ela que hoje me encontro PERDIDO EM MEU MUNDO. Meu mundo pode não ser um bom lugar pra se viver, mas com certeza é um ótimo lugar para apreciar a vida. Venha quem quiser, meus braços e minhas letras estão estendidas para a vida.