segunda-feira, 8 de março de 2010

UM EU QUE CHORA QUANDO NÃO ESTOU

O EU que aparece em volta desta sombra
É deserto e renasce ao mesmo tempo
Por vias de uma morte anunciada de fato
É um EU que muda com o passar das horas
Um sino que badala a penumbra erma
Esse EU que aparece no centro do meu teto
É um hóspede da sua própria insolência
Data a ferida exposta com a casca
Mergulha ainda que disperso onde se nutre
Sem ser maravilha, sem ser desprezo
Como um gole do mesmo veneno que o mata
É um EU que absorve um adeus com saudade
E devora um abraço com penúria e sofreguidão
A mil metros de um silencio ensurdecedor
Se abriga com um medo de achar a porta
Do elevador que se transfere em vãos
Esse EU quer ser o mesmo que o chamam
Entre o ouvido e a palavra falada
Morre em meio ao fogo que brota do chão.


W.Choppinho
Março de 2009

Nenhum comentário:

PERDIDO EM MEU MUNDO

Aqui, eu e meu mundo. Perdido e procurando respostas pras coisas que por muitas vezes não se questionam. Sou um simples jovem, metido a fazer versos do Recife. Cidade que traz a beleza das obras e virtudes de outrora e escancara a miséria e desumanidade. O que eu busco é encontrar a beleza em tudo que se faz presente no universo, nada para mim é completamente sujo que não se possa ver o seu núcleo, a sua essência. O ser humano é belo... é ímpar, tanto na capacidade de amar quanto na qualidade destrutiva. Mas é a beleza do ser que eu procuro, e é por ela que hoje me encontro PERDIDO EM MEU MUNDO. Meu mundo pode não ser um bom lugar pra se viver, mas com certeza é um ótimo lugar para apreciar a vida. Venha quem quiser, meus braços e minhas letras estão estendidas para a vida.