quarta-feira, 29 de abril de 2009

O TEMPO PAROU...

Tá tudo estranho no templo do afeto
Tudo passando em meio aos escombros
Até onde não há fresta para os ventos
A vida atenta para o que não vemos
Eu que a tive em meus braços,
Eu que deitei em teu colo e chorei
Espero o telefone tocar até agora
Querendo um aviso, um sinal de saudade
Um carinho distante, mesmo não-polido

Seria eu um estúpido em falar de amor
Já que o amor é algo que te cobro
E por muitas vezes não te dou?
Ou já não sabes o suficiente
Dentro desta visão atenta da paixão
Que te amo além do tempo
Infinito e mísero diante da eternidade?
Queria tê-la agora, por mais uma hora
Que pra nós é muito mais que mil minutos
E te ver acolher meu carinho,
Esse mendigo sujo, porém honesto
Presente no montante do amor que devo

Ainda vão se passar muitas horas
Talvez hoje nem ouça teus sussurros
Mas o meu lamento vai além do que se ouve
E sabendo que o tempo é a sensação de movimento
Queria ficar parado, mudo, no escuro
Pra ver se o tempo pára
E nada além do canto de um pássaro
Ou do sonar de algum morcego
Faça-me acreditar que o dia passou,
E eu não te ouvi, nem te toquei
Vai valer a pena acreditar que o tempo parou.


Recife, 22 de Abril de 2009
às 02:12h

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PERDIDO EM MEU MUNDO

Aqui, eu e meu mundo. Perdido e procurando respostas pras coisas que por muitas vezes não se questionam. Sou um simples jovem, metido a fazer versos do Recife. Cidade que traz a beleza das obras e virtudes de outrora e escancara a miséria e desumanidade. O que eu busco é encontrar a beleza em tudo que se faz presente no universo, nada para mim é completamente sujo que não se possa ver o seu núcleo, a sua essência. O ser humano é belo... é ímpar, tanto na capacidade de amar quanto na qualidade destrutiva. Mas é a beleza do ser que eu procuro, e é por ela que hoje me encontro PERDIDO EM MEU MUNDO. Meu mundo pode não ser um bom lugar pra se viver, mas com certeza é um ótimo lugar para apreciar a vida. Venha quem quiser, meus braços e minhas letras estão estendidas para a vida.