segunda-feira, 8 de março de 2010

POEMA EM LÁ MENOR

É quase como não ver a vida
Cada vez que de ti me aproximo
E declamo versos tortos, ingênuos
As vezes te faz pensar que nada mais declaro
A não ser essa minha incoercível vontade
E esse meu desejo constante e indizível
De protelar tua partida
Deste-me o prazer da tua companhia
Das tantas vezes que olhei em teus olhos
E me parecia como se nada existisse
Além de uma tristeza ainda doída
Mas acima de tudo, um olhar pedinte
Um sorriso quase que forçado
Esperando o feixe de um sol adormecido
Pronto para o sereno despertar de um júbilo.
E por fim, a tua beleza
Calmamente contemplada por meus olhos
Desfiando teu contorno no cerne da ilusão
E te venero, e te idolatro
Mesmo sem teu consentimento
Mesmo com todo o teu desprezo
Do que vem a ser teu nome, a rainha do mar
Cabelos escuros e pele branca
A dourar as folhas que te “clorofilam”
E a me fazer fiel ao teu contentamento
Sempre quando por mim passares
As folhas deste meu jardim pálido
Renascem em devaneios do tempo.


W.Choppinho
Março de 2009

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PERDIDO EM MEU MUNDO

Aqui, eu e meu mundo. Perdido e procurando respostas pras coisas que por muitas vezes não se questionam. Sou um simples jovem, metido a fazer versos do Recife. Cidade que traz a beleza das obras e virtudes de outrora e escancara a miséria e desumanidade. O que eu busco é encontrar a beleza em tudo que se faz presente no universo, nada para mim é completamente sujo que não se possa ver o seu núcleo, a sua essência. O ser humano é belo... é ímpar, tanto na capacidade de amar quanto na qualidade destrutiva. Mas é a beleza do ser que eu procuro, e é por ela que hoje me encontro PERDIDO EM MEU MUNDO. Meu mundo pode não ser um bom lugar pra se viver, mas com certeza é um ótimo lugar para apreciar a vida. Venha quem quiser, meus braços e minhas letras estão estendidas para a vida.