quarta-feira, 21 de julho de 2010

O TERCEIRO ADEUS

Contudo, ainda se faz tarde no céu cinzento
Se pouco via a luz, agora tanto faz como tanto fez
Minha pele já não sente o calor dos teus abraços
Não é a mesma coisa da luz, é outro lance
É como criança prematura e sua necessidade de carinho
Não basta cobrir-me no edredom
E abraçar o travesseiro
Pois nele não há teu cheiro, não se ouve teu ofegar
Não me tocas daquele jeito, quando menos espero
É um invólucro de papel que não se abre
Na devoção que sempre tive a teu apreço
Fico como um menino espremido na janela fechada
A balbuciar canções que falam da chuva
E a tarde se vai com uma saudade incontida
Daquilo que não se tem e do que jamais volta.

W. Borba – Jan/2010

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PERDIDO EM MEU MUNDO

Aqui, eu e meu mundo. Perdido e procurando respostas pras coisas que por muitas vezes não se questionam. Sou um simples jovem, metido a fazer versos do Recife. Cidade que traz a beleza das obras e virtudes de outrora e escancara a miséria e desumanidade. O que eu busco é encontrar a beleza em tudo que se faz presente no universo, nada para mim é completamente sujo que não se possa ver o seu núcleo, a sua essência. O ser humano é belo... é ímpar, tanto na capacidade de amar quanto na qualidade destrutiva. Mas é a beleza do ser que eu procuro, e é por ela que hoje me encontro PERDIDO EM MEU MUNDO. Meu mundo pode não ser um bom lugar pra se viver, mas com certeza é um ótimo lugar para apreciar a vida. Venha quem quiser, meus braços e minhas letras estão estendidas para a vida.